sábado, 1 de maio de 2010

Sexo Anal No Contexto Da Sexualidade - 3 O Que As Mulheres Pensam?

Sempre lembrando que diálogo aberto, confiança e intimidade são presupostos mínimos para quem deseje inserir esta prática na vida a dois.

Homem maduro fazendo sexo anal com
jóvem, na antiga Roma.


A primeira vista tantas mulheres acham uma coisa muito desagradável e imoral, ao ponto que a gente até estranha quando algumas vozes se levantam para defendê-la. Mas pesquisas recentes entre universitárias mostram que elas têm bons argumentos a favor da prática. E que precisam pelo menos serem ouvidas.


A maioria admitiu que o grande barato do sexo anal é a sensação de estar fazendo uma coisa que tanta gente (mulheres, principalmente) acha errada, feia, suja.” No fundo, a gente curte demais a idéia de ser um tanto depravada e provocar no homem prazeres que os deixam de joelhos em nossos pés”.

Cerâmicas na Grécia e em
Outras culturas mostram
o sexo anal como prática
corriqueira.


Aos 17 anos (hoje tem 27), Kátia já não era mulher de fazer ou deixar de fazer alguma coisa por medo do que os outros iriam pensar: “Eu não estava nem aí para hímen e fiz questão de perder a virgindade ‘normal’. Mas na mesma semana estreamos o ‘outro lado’. Apesar da nossa inexperiência, com ele foi melhor do que com todos os parceiros que tive depois. Porque, como nós dois éramos virgens, não usávamos camisinha; então, dava para sentir o calor do esperma jorrando. Fico toda, todinha arrepiada só de lembrar...”

A estimulação anal provoca sensações
agradáveis e de prazer. Sejacom o de
do,com a língua ou acessórios.

Simplesmente aconteceu e foi fantástico. Não senti um pingo de dor e os orgasmos que tive mais tarde, com penetração vaginal, nunca chegaram perto daquele. Pra mim, relação completa é com sexo anal. Só tem um porém: preciso estar apaixonada. Senão, nem pensar. É íntimo demais para fazer por simples empolgação e tesão.”
Olha, não sou nenhuma deusa, mas tenho um traseiro que deixa os homens loucos. Seria uma anta se não tirasse partido disso. Desde adolescente, percebi que essa era a vantagem que eu levava sobre a concorrência. Quando ia à praia, com o biquíni bem enfiado atrás, os caras não me davam sossego um minuto. Adoro ser desejada. Por isso, aprendi a fazer na cama o que as outras têm vergonha ou medo de fazer. Aprendi mesmo: li tudo a respeito, pratiquei sozinha, usando primeiro os dedos, depois pênis artificiais cada vez maiores. Tenho uma amiga que fica horrorizada quando conto minhas noitadas, mas bem que gosta de ouvir, a hipócrita. Sei que ela acha que é coisa de vagabunda, mas também sei que daria a vida para ter coragem de fazer igual.”

Para Ana Flávia, sexo anal é tão especial que não faz sempre. Sua posição preferida é a que ela e o marido chamam de “coqueirinho”: ele deitado e ela por cima. “Também acho excitante sentar no colo dele de costas. Dos dois jeitos a penetração é bem profunda. Curto muito deitar de bruços com um ou dois travesseiros ajudando a levantar o bumbum: fico com as mãos livres para usar um vibrador no clitóris. Outra deliciosa, mas que tem um nome horroroso, é a posição ‘frango assado’ (ou ‘missionário pervertido’, bem mais criativa e sacaninha): um de frente para o outro, com as minhas pernas apoiadas nos ombros dele. Para quem está iniciando, acho ideal porque a penetração não é tão profunda. Só tem um problema: se o homem não for pelo menos razoavelmente bem-dotado, a coisa complica, não funciona. Agora, se estou a fim de muito carinho, nada como a ‘colherzinha’, os dois deitados de lado, bem agarradinhos, porque ele pode ao mesmo tempo me masturbar e acariciar os seios.”

É, mas muita mulher por aí tem engulhos só de pensar no anal por causa do lado sujo da coisa — e não estou me referindo ao aspecto moral. Nenhuma das entrevistadas considerou tal argumento minimamente inteligente. “Isso é a maior besteira”, “Pra começo de conversa, se você sabe que vai fazer, toma suas precauções. Se não tomar, é sinal de que se trata de uma criatura suja em qualquer outra coisa e ponto final. Manter a entrada do reto limpa é mais do que suficiente, até porque tem homem que acha incômodo encontrar algum obstáculo pelo meio do caminho — dizem eles que arranha o pênis. E por isso deve-se sempre fazer uma lavagem retal como preparação. A maioria das praticantes do sexo anal, por exemplo, sempre colocam antes um supositório de glicerina. O segredo: não é só por limpeza, não. Acontece que deixa o chamado canal do prazer muito mais sensível. Faz você subir pelas paredes. Quem ainda não experimentou não sabe o que está perdendo.” Agora lembre-se: não utilize nenhuma pomada ou supositório que contenha anestésicos, a dor e a sensibilidade são defesas importantes para estabelecer limites.

Claudia, 36 anos, secretária, "Eu gosto de sexo anal. Sempre gostei, desde a primeira vez, com um namorado, quando eu tinha 17 anos. A gente combinava muito, nos sentíamos muito à vontade, foi muito legal. Pedi para ele ficar parado e eu que fui me encostando nele, devagar, no meu ritmo. Acho que assim é o melhor jeito, dá a sensação de você estar no comando e a gente controla a coisa, não se sente forçada nem nada. Eu adorei, gozei muito. É diferente, não sei bem como explicar, mas é um prazer diferente. O Pênis estimula o reto por si só mas também o útero. E o orgasmo enche a vagina. Eu adoro, só não faço se o homem tem um pau muito grande, porque aí não tem relaxamente que dê jeito. Uma dica que dou para quem que praticar é estar com muito, muito tesão. Pedir para o parceiro acariciar a gente muito, isso relaxa e vai aumentando a vontade. Se ele ficar brincando no ‘buraquinho' antes fica mais gostoso ainda."


Júlia, 42 anos, empresária."A primeira vez que tentei, quase morri de dor. Não sei se o cara era muito afoito ou se eu não estava bem preparada. Sei que odiei, doeu muito. Fiquei muito tempo sem querer nem tentar de novo, até que um outro namorado me convenceu a experimentar. Ele foi carinhoso, calmo, estava realmente interessado em que eu me sentisse bem e daí foi muito legal. Eu tinha uns 24 anos e virei fã da coisa. Já ensinei até umas amigas, que tinham um pouco de medo. Para quem vai começar, meu conselho é que só faça se estiver se sentindo bem. O primeiro passo do tesão é querer."

Luciana, 26 anos, Chefe RH.Não sou muito fã do sexo anal, fiz apenas porque meu parceiro insistiu muito. Foram duas vezes, mas é um processo lento. Tem que tentar algumas vezes antes, para dar certo de fato. Dói e é bem desagradável no início. Só deu certo uma vez e até que não foi tão ruim como eu pensava que fosse. Mas a sensação depois do sexo é ruim. Em resumo, não acho que seja algo essencial para um casal ser feliz na vida sexual.

Mariana 31 anos, Analista Financeira.A primeira vez foi muito esquisita, mas, com o tempo, com o jeito e as formas que fomos fazendo foi ficando cada vez mais gostoso. Para estimular, é preciso estar com bastante tesão. Não basta apenas a penetração, e sim estimular os dois lados – tanto na frente, quanto atrás. No início, tem que começar devagar e depois, com a estimulação, aumentar a velocidade. No final, pode ter certeza que o prazer é até maior do que a penetração vaginal.

Bernardete, 26 anos, administradora de empresa.Meu namorado sempre me pediu pra fazer sexo anal com ele, mas eu sempre tive muito medo de sentir dor. Até que resolvi comprar uma pomada relaxante e consegui fazer. Foi tudo bem devagar. Hoje eu gosto tanto que sou eu quem peço. Na verdade, até prefiro o sexo anal e indico para todas as minhas amigas.

Eunice, 24 anos, professora.Resolvi fazer sexo anal pra agradar meu namorado na época. No começo, ele colocava a mão e eu ficava receosa, mas com o tempo fui me acostumando com a idéia. Até que um dia eu deixei, só para agradá-lo. No começo foi muito ruim, ardeu

bastante, mas ele foi bem carinhoso. Hoje eu adoro sexo anal. Nunca cheguei a gozar assim, mas amava ficar de quatro pra ele. Uma dica para quem está pensando em fazer pela primeira vez: tem que ir devagar até entrar tudo!

1-O homem não deve forçar a penetração de jeito nenhum e nem deve fazer movimentos vigorosos a não ser que ela peça.

2- Vocês devem usar muito gel lubrificante à base de água. Evitando anestésicos locais.

3- O casal deve usar camisinha sempre.E preferencialmente fazer uma lavagem retal.

4-Jamais passe da penetração anal para a penetração vaginal ou sexo oral sem trocar a camisinha pois poderá contaminar a vagina/boca com bactérias

5-Seu parceiro deve respeitar o seu "pare". Se você não estiver gostando, ele deve parar imediatamente. Não force pois pode ser traumático.

6- Se você não gostar e não quiser fazer sexo anal novamente, que fique combinado: sem pressões ou coação. "Não" quer dizer "não". E deve-se conversar muito sobre o que fazer e o que não fazer.

7-O sexo anal deve ser assumido como uma conquista e entrega e não como uma imposição ou obrigação conjugal.

8-Lembre-se: Quem ama cuida e conserva.

9-Sempre leva algum tempo para que haja uma adaptação do casal

10-Respeite os limites do outro.
 
O importante a saber é que essa prática sexual também faz parte das fantasias de uma mulher.
Como abordar?  E se ela dizer não?

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